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Por Rodrigo Wobeto

Talvez você não conheça o termo ginecomastia, mas, certamente, já ouviu falar sobre o crescimento do tecido mamário em homens. O termo, de fato, não é muito popular principalmente em razão do tabu em torno dele, que o afasta, inclusive, das conversas entre adultos e adolescentes no ambiente familiar. 

No entanto, sobretudo pelo problema acometer meninos já a partir dos 13 anos, é preciso falar de forma direta sobre o aumento da glândula mamária no público masculino. Ou seja, sobre ginecomastia. Você sabe, por exemplo, quais são as causas, o diagnóstico e o tratamento? Abordaremos neste texto do blog cada um desses três tópicos.

Causas

O crescimento mamário em homens e meninos tem diferentes causas. Dentre elas, tendência familiar, efeitos colaterais de medicamentos e patologias endocrinológicas — como hiperprolactinemia e hipertireoidismo. Outra razão frequente é a obesidade abdominal, porque a gordura produz enzimas capazes de converter alguns precursores da testosterona (o principal hormônio masculino) em estrogênio (o principal hormônio feminino).

Um parênteses: gordura no peitoral e ginecomastia são coisas distintas e, às vezes, confundidas. Ginecomastia é aumento glandular, embora a gordura do abdômen seja uma das causas da alteração hormonal e o excesso de peso aumente a quantidade de tecido adiposo na mama dos homens.

Incidência

Mesmo podendo ocorrer em qualquer idade, a ginecomastia é mais comum na puberdade masculina, dos 13 aos 14 anos, e na andropausa, que é o período da vida em que o há queda expressiva da testosterona, com início dos sintomas a partir dos 50 anos. No caso dos adolescentes, a maioria das ocorrências de ginecomastia se dá por desbalanço hormonal durante a maturação natural da puberdade.

Em adultos, deve-se frequentemente ao uso de medicamentos como antiulcerosos (cimetidina), diuréticos (espironolactona), drogas cardiovasculares (amiodarona, digoxina, captopril), anabolizantes, maconha e álcool. Isso porque essas drogas podem alterar a produção hormonal e interferir na ação dos receptores do estrogênio mamário

Diagnóstico e tratamento

Orientação médica é fundamental. Até porque, como já foi mencionado, em alguns casos, gordura e ginecomastia são confundidas. Dessa forma, é preciso excluir causas secundárias para iniciar qualquer tratamento. 

Identificado um quadro de ginecomastia com menos de um ano, as chances de fazer o tratamento clínico com antiestrogênicos é maior. Com mais de 12 meses, no entanto, as chances de regressão são bem menores, e a correção cirúrgica é o mais indicado.

O procedimento consiste na remoção de parte dos tecidos glandular e gorduroso ao redor do mamilo ou  lipoaspiração. É considerado mais corretivo do que estético, sendo fundamental para o bem-estar e saúde do homem.

Ginecomastia

Espero que este texto tenha ajudado você a entender melhor o que é ginecomastia, quais são as causas e como pode ser realizado o tratamento. Ficou com alguma dúvida ou gostaria de marcar uma avaliação? Entre em contato com a equipe do consultório.

Um abraço!
Dr. Rodrigo Wobeto.